Um dos jogadores mais famosos que terá sua história marcada para o resto da vida será Diego Armando Maradona, ou Maradona para muitos. Com seu jeito único de ser, o argentino possui milhares de histórias, títulos e polêmicas em seu currículo.
Muitas destas polémicas vieram por diversos motivos. Como um gol famoso em que o atacante marcou com o uso das mãos. Nomeado de “Mão de Deus”. Polêmicas sobre a disputa em quem seria melhor, ele ou o Brasileiro Pelé. Onde o próprio jogador se considerava o melhor.
Mas nenhuma manchete repercutiu mais o mundo como as notícias sobre o uso de drogas pelo ex-jogador. Viciado em cocaína e em outras drogas, frequentemente Maradona era envolvido em algo de ruim neste sentido, deixando os amantes de futebol chateados.
Porém, uma das melhores histórias do jogador aconteceu fora de campo, e entre os envolvidos nesse enredo estão seu empresário, o então presidente do Napoli onde Maradona jogava e também o famosíssimo dono da montadora Ferrari, acompanhe essa incrível história:
Em 1984 foi vendido pelo Barcelona e mudou-se para Nápoles, Itália. Na equipe do sul da Itália jogando pelo Napoli, ele permaneceu por oito anos, marcando a história do clube, tornando-se um dos maiores jogadores da equipe e membro do considerado melhor grupo da história do time italiano.
Em Nápoles, Maradona é uma das pessoas que conquistou o título de maior campeão da história da equipe. A Società Sportiva Calcio Napoli venceu o Campeonato Italiano duas vezes: nas temporadas de 1986/87 e 1989/90. O poderoso time de Maradona também venceu a Copa Itália em 1986/87 e a Taça UEFA do Campeonato Europeu Continental em 1988/1989.
Foi atuando pelo Napoli que essa história aconteceu e conforme for contada aqui neste artigo, vai ficando ainda mais interessante
O ídolo do futebol argentino teve um grande número de veículos em sua vida. De um Porsche usado comprado aos 19 anos, ao Fiat Europa 128 CLS, Renault Fire GTA Max, um par de Mini Coopers, uma BMW i8, um Rolls-Royce Ghost e Chevrolet Camaro equipados com motores V12. Existiram também algumas Ferraris na coleção do jogador, destacando uma Testarossa e uma F40, e ele ainda se lembrava de sua cor: preto e não, o vermelho típico.
Porém, uma história envolvendo uma Ferrari exclusiva chama a atenção de fãs de futebol e amantes de carros esportivos. O caso da Ferrari preta, cor exigida por Maradona, algo inédito na época.
A história do F40 é tão extraordinária que, de alguma forma, retrata a personalidade irreverente de Diego Maradona, que em sua trajetória sempre causou polêmicas, pelo seu jeito original de ser, gols de mão e muito tumulto em relação a sua vida pessoal e o uso de drogas.
Antes que a Copa do Mundo de 1986, no México, onde teve uma atuação espetacular, dita por muitos que a melhor de toda sua carreira começasse, Diego Maradona perguntou ao então amigo e empresário Guillermo Coppola se ele conseguiria um modelo de carro que ha muito gostaria de comprar. Porém, o modelo era uma Ferrari F40, um ícone naquela época.
Tarefa fácil para o empresário, ou não. O pedido mais inusitado do jogador foi que ela deveria ser na cor preta. Algo inédito até então. Devido às tradições do fabricante, os carros sempre tinham uma cor predominante, a já tradicional cor vermelha.
Coppola não teve escolha a não ser aceitar o pedido, mesmo sabendo que a Ferrari sairia da fábrica de Maranello com o típico vermelho. O empresário conheceu o próprio Enzo Ferrari no circuito de Monza. Lá, ele o convenceu a vender o F40, embora alguns já tivessem sido prometidos (a produção inicial foi de 400 e finalmente 1.315). Ele pagou $470.000 por este carro esporte e, antes que o comandante da empresa saísse da pista, quase sussurrou que Maradona queria a cor preta.
Esse estranho pedido deixou o dono da Ferrari louco, o motivo da recusa em obedecer era muito simples: todos os seus F40s possuíam aquela icônica cor vermelha.
“Preto? Nada de preto! Minha Ferrari não pode ser outra cor que não o vermelho!” Don Enzo disse à Coppola, que sabia de antemão que seu pedido não seria atendido. No entanto, isso não se tornou um grande problema, pois o empresário teria uma carta na manga como solução.
Com a conclusão da Copa do Mundo e o Century Goal (segundo gol mais bonito da Inglaterra, marcado pelo jogador) como grandes obras-primas, Maradona voltou a Nápoles. Coppola decidiu então dirigir a F40 preta até o aeroporto para receber o artilheiro de temporada. Ao lado dele estava o presidente do clube italiano Corrado Fellano e sua relação com o camisa 10 não era uma maravilha.
Quando o jato particular que transportava os jogadores começou a se aproximar da pista, o habilidoso Coppola convenceu Fellano a lhe entregar a Ferrari para melhorar o relacionamento. Poucos minutos depois, Coppola vendeu o F40 para o gerente por US $1 milhão de dólares, valor muito maior do que havia pago inicialmente. “Eu disse a ele que este carro esporte custou US $870.000 e ele gastou outros US $130.000 para pintar”.
Fellano se opôs no início, mas Coppola garantiu que Maradona o agradeceria para sempre. Então o presidente de Nápoles apertou a mão do empresário e concluiu a transação, esperando que as coisas prometidas pudessem ser cumpridas.
Maradona desceu do avião e encontrou o F40 preto. Antes de entrar no carro, Coppola disse: “Diego, o presidente deu para você”.
Ao saber da notícia Maradona, abraçou e beijou o presidente de forma acalorada e caminhando até Fellano, o abraçou com força dizendo: ” Ótimo, presidente! A máquina que eu quero! “
Mas a história não termina aí. Depois de entrar no carro e dirigir seu novo carro, Maradona ficou decepcionado, porque as portas não tinham tampos laterais e o carro não tinha alto-falantes estéreo. Isso era ilógico.
Maradona insistiu que para usar o veículo ele precisaria ter rádio, alto falantes e muitos outros acessórios. Algo que seu empresário precisou providenciar. Após algum tempo, Maradona era visto com sua F40 preta exclusiva pelas ruas de Mônaco.
Se não parece uma criança mimada atrás de recompensas pra você, então não há uma definição exata frente as exigências inusitadas do atleta argentino.
