Existem alguns privilégios que a maioria dos times brasileiros não tem, sendo uma coisa exclusiva dos times europeus, muito por conta da eterna dura realidade financeira que os clubes no Brasil vivem.
No entanto, vez ou outra algum time se ajusta e tem uma saúde financeira estável, e aí esses pequenos privilégios começaram a aparecer. Muitas vezes esses privilégios são coisas simples como “dores de cabeça do bem”.
Um bom exemplo disso é quando um treinador tem dois grandes jogadores para a mesma posição e tem que decidir com qual deles vai começar a partida. Chamamos isso de dor de cabeça do bem, porque uma dor de cabeça real seria não ter nenhum jogador bom para aquela posição.
Com essa explicação é fácil imaginar o porquê isso é tão raro dentro do nosso futebol, e é só pensar no melhor jogador do time do seu coração e pensar em quem é a reposição direta, e na maioria dos casos ela não está no mesmo nível.
A Regra da CBF
O Atlético Mineiro está exatamente nessa situação com seus jogadores estrangeiros. Como todos devem saber, existe um limite de estrangeiros na hora de relacionar um time para um jogo.
Pelas regras da CBF, times brasileiros podem relacionar apenas 5 jogadores estrangeiros para uma partida e Cuca tem utilizado Junior Alonso do Paraguai, Nacho Fernández e Zaracho da Argentina, Eduardo Vargas do Chile e Jefferson Savarino da Venezuela.
Alan Franco é um grande jogador e o Atlético Mineiro sabe bem disso, mas com o momento que esses jogadores vivem é muito difícil impedir que algum deles seja sequer relacionado para Franco poder entrar no time, e manter o jogador no banco sem nem ser relacionado. Não seria o ideal nem para ele e nem para o time.
Dessa forma o Atlético Mineiro encaminhou o empréstimo do jogador para o Charlotte FC da Major League Soccer, time norte americano comandado por Miguel Angel Ramirez, nome bem conhecido pelos Brasileiros por sua passagem desastrosa pelo Internacional e também pela sua passagem brilhante pelo Independiente del Valle.
As Intenções do Galo
O empréstimo do jogador vai ser com o intuito de conseguir um bom dinheiro por ele no futuro, já que o clube não espera que ele siga na equipe justamente pela existência da CBF sobre o número de estrangeiros no time.
O que se sabe é que o Atlético Mineiro recebeu uma compensação financeira pela formação do empréstimo, e fixou o valor de compra pelo jogador junto ao fim de seu vínculo de ano de empréstimo com o Charllote, os valores no entanto, não foram divulgados, porém estima-se que o valor é consideravelmente alto, uma vez que o jogador custou 15 milhões aos cofres do Galo, e tem contrato com o time até o ano de 2024.
Borrero
Outro jogador que deve seguir o mesmo destino de Alan Franco é Dylan Borrero, meio campo colombiano que certamente também não teria espaço na equipe pela mesma questão do número de estrangeiros. Borrero é cogitado no Athletico-PR.