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Abel defende Renato Gaúcho em coletiva após final: “Que não comecem a falar mal do homem”

Quem assistiu a grande final da Libertadores desta temporada viu em campo um Palmeiras muito bem postado, funcionando perfeitamente em praticamente cada peça escolhida por Abel Ferreira.

E não é à toa, o treinador pesquisou muito bem sobre o time do Flamengo, seus pontos fortes e a forma com que Renato pensa, uma abordagem mais jogo a jogo do que impôr seu estilo de jogo contra todos, algo que Abel institucionalizou no Palmeiras, jogando assim desde o primeiro dia de trabalho.

A inteligência e a frieza do treinador do jogo deixou claro para todo mundo o quão responsável pela vitória Abel foi, sendo taxado de o grande herói da Libertadores. Paralelo a isso, Renato Gaúcho acabou sendo muito criticado por boa parte da imprensa por ter sofrido taticamente no jogo contra o adversário português.

E na entrevista coletiva após o jogo, Abel Ferreira deixou claro que nenhuma das duas coisas o deixa feliz, nem ser chamado de herói e nem mesmo ver o adversário sofrendo com críticas que para ele, muita vezes são injustas.

O treinador português, inclusive, chegou a criticar a cultura de “heróis e vilões” que tanto temos dentro do nosso futebol, afirmando que ele próprio era duramente criticado e taxado como vilão, e com o título se tornou herói.

– Tem um dos melhores treinadores brasileiros, e que agora não comecem a falar mal do homem, a dar porrada, porque eu poderia perder também. Tem de começar a ter uma cultura diferente, não ter que achar um herói, um vilão. Eu não sou herói, sou o mesmo que criticaram, e portanto nosso adversário valorizou ainda mais nossa vitória. Valoriza ainda mais a montanha que tivemos de escalar. Para isso, precisava de uma coisa fundamental: os nossos jogadores acreditarem na estratégia.

Abel chegou a afirmar também que tem um livro próprio sendo preparado, e que deve ser lançado logo em janeiro. O livro vai contar todas as histórias por trás das cortinas do que rolou nesse ano dentro do Palmeiras.

– Não temos nenhum livro de treinadores brasileiros. Estou há um ano com minha equipe técnica a escrever um livro, para explicar tudo o que fizemos durante um ano. E esse livro vai sair em janeiro, e vão ter lá todas as histórias, nosso trabalho, nosso projeto, é nossa forma de agradecer ao futebol brasileiro. Ele está feito, falta ser publicado. Escrevo um livro onde vou responder minuciosamente a todas as perguntas. – Disse Abel.

O treinador também chegou a deixar o futuro em aberto quanto a seguir no Palmeiras, alegando que o ritmo do futebol no Brasil acaba sendo desgastante demais.

– Tenho que fazer uma reflexão com a família. Não consigo jogo, descanso, jogo. Não é pra mim. Não consigo estar na minha máxima força. É desumano o que fazem aqui. Se quiserem crescer, têm que abdicar do ida e volta na taça. Vou parar, refletir e fazer o que for melhor para o Palmeiras.

Lembrando que o contrato de Abel com o Verdão acaba no fim do ano que vem.


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