O São Paulo tem revivido recentemente uma paixão antiga, algo que faz parte da história do clube como um todo, e que agora parece mais fresco que nunca na cabeça dos torcedores: a identificação do clube com jogadores estrangeiros no elenco.
Atualmente, além de Benítez e Rigoni, que juntos foram os principais nomes do time nesta temporada, o tricolor paulista trouxe de volta Jonathan Calleri, jogador que fez um curto período de empréstimo no time a uns anos, sendo suficiente para que ele marcasse o coração dos torcedores.
Então para entrar no clima da chegada do jogador, separamos aqui alguns dos gringos mais queridos na Barra Funda.
Forlán
Começando por um lateral que honrou a tradicional raça uruguaia com a camisa tricolor. Forlán já chegaria ao São Paulo com um mundial de clubes no currículo conquistado enquanto jogador do Peñarol, mas foi pelo São Paulo que ele deslanchou de títulos, ganhando um Paulista logo em seu primeiro ano, e mais 2 na sequência. Lembrando que Campeonatos Paulistas tinham outro peso na década de 70.
Existe ainda uma lenda urbana de que o jogador, ao chegar no Brasil fez uma promessa de que o primeiro torneio que disputasse, ele seria campeão, e curiosamente foi exatamente isso que ele fez.
Dario Pereyra
Um nome conhecido dos torcedores mais antigos, Dario Pereyra chegou ao clube no fim de 1977, e por lá ficou por mais de uma década. Dario foi mais um gringo que veio para mexer na defesa tricolor, tendo atuado tanto como volante, como zagueiro.
Ele, inclusive, é o jogador estranheiro que mais jogou com a camisa do São Paulo, e durante sua estadia no clube por 453 jogos, conquistou 4 campeonatos paulistas, que tinham um peso bem maior na época, além de 2 títulos pelo Campeonato Brasileiro.
Pedro Rocha
Mais um uruguaio para a lista, mas nesse caso um que acaba indo muito além do que apenas um grande estrangeiro no time. Pedro Rocha foi, de longe, um dos maiores meias que já vestiu a camisa do São Paulo.
O jogador conseguiu unir a tradicional raça de seu país junto com a elegância clássica de um meia da década de setenta, e ainda foi o primeiro jogador estranheiro a se tornar artilheiro do Campeonato Brasileiro, feito conquistado no campeonato brasileiro de 1972. Ao todo o jogador fez 375 partidas pelo time, marcando 113 gols, e reza uma outra lenda urbana que, se ele não tivesse se machucado na final da libertadores de 74, hoje o São Paulo seria tetracampeão da competição.
Lugano
Aparentemente, o Uruguai é um celeiro internacional de jogadores do São Paulo. E no caso desse uruguaio, temos alguém que fez de tudo dentro do time: Brasileirão, Libertadores, Mundial e funcionário do clube depois de sua aposentadoria.
O zagueiro, famoso por suas duras entradas em jogo, nunca escondeu o amor, carinho e respeito que tem pela camisa tricolor, sendo conhecido por nunca trocar de camisas ao fim do jogo, por sentir que isso de alguma forma poderia desrespeitar a torcida do clube.
José Poy
Apesar do batalhão uruguaio da lista, é um argentino que é o maior nome estrangeiro do tricolor paulista. José Poy como era chamado, se tornou um dos poucos casos onde a seleção brasileira cogitou pedir para que um estrangeiro passasse a defender a Copa do Mundo, isso no ano de 1954, ideia que só não foi para frente pelo fato do jogador ser originalmente argentino.
O que não jogou pela seleção jogou pelo São Paulo, ficando no clube por 14 anos, e não só mostrou serviço em campo como também mostrou fora dele, sendo técnico do time por 422 partidas, sendo o terceiro técnico que mais comandou o time e levando o São Paulo a conquistar muitos títulos no processo.