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Julgamento de Daniel Alves é encerrado, mas decisão deverá demorar até um mês

Daniel Alves foi julgada em Barcelona, na Espanha, acusado de estupro por uma jovem em uma boate em 2022

Nesta última quarta-feira (7) foi encerrado o julgamento do jogador Daniel Alves, que está sendo acusado de estupro por uma jovem em uma boate na Espanha. Ao todo, foram 3 dias de audiências com os depoimentos dos envolvidos e das testemunhas, apresentação de provas forenses e documentais, além da argumentação dos advogados.

Apesar da finalização do julgamento, não há um prazo definido para a apresentação da sentença de Daniel Alves. De acordo com a imprensa espanhola, a decisão poderá sair em até um mês, além disso ainda caberá recurso no Tribunal de Apelação. A justiça espanhola também já impôs o pagamento de 150 mil euros, cerca de R$ 801 mil caso o jogador seja condenado, a título de danos morais e psicológicos.

O Julgamento

Neste último dia de julgamento, a audiência começou com a apresentação de provas e depoimentos dos peritos. Segundo os médicos que avaliaram o caso, as lesões observadas na jovem indicam que ela havia sido pressionada em uma superfície áspera.

“Estamos diante de uma lesão lateral, na parte externa do joelho. Poderia ter sido contra uma superfície áspera que teria impactado. Estabelecer que esse foi o caso é muito complicado e complexo”, disse.

Os peritos também avaliaram que não existiu lesão vaginal, mas falaram que pode ser normal não ter lesão em casos de violência.

“Estamos também acostumados a ver casos de violência em que não há lesões físicas. Nesse caso, não encontramos nenhuma lesão, mas não podemos dizer que não tenha nenhuma agressão”, destacou.

Entre os depoimentos, o de Daniel Alves foi o último. O jogador comentou o caso e descreveu sua história, segundo ele, o ato sexual foi consensual.

“Ela tocou minhas partes, pensei que havia tensão sexual e a chamei para ir ao banheiro. Não tive que insistir para que ela fosse ao banheiro. Ela não me disse que queria sair, nem impedi que ela saísse”, afirmou. O jogador seguiu falando o que houve no banheiro da boate.

“Ela estava na minha frente e começamos a relação. Lembro que ela sentou em mim. Não sou um homem violento. Não a forcei a praticar sexo oral forçadamente. Ela não me disse nada. Estávamos desfrutando os dois e nada mais”, disse. Daniel Alves também destacou que inicialmente não falou sobre o sexo oral para não prejudicar seu casamento.

Após a fala do jogador, que durou cerca de 20 minutos, os advogados ganharam voz. Ester García, advogada da denunciante, ressaltou que a jovem traz um relato espontâneo e consistente, além do fato do jogador querer se colocar no papel de vítima.

“Ele sabia que ela não queria pois ela tinha manifestado. Ele deu tapas na cara. Ato de humilhação”, comentou a advogada, que pediu pena máxima, de 12 anos.

Já Inés Guardiola, advogada de Daniel Alves afirmou que a denunciante foi incoerente e não se ajustou à realidade. A defensora destacou o fato da prova pericial de não ter lesão vaginal.

“A violência descrita pela denunciante na penetração é incompatível com a prova pericial médica. Nenhum ferimento nas suas genitais interna ou externa. Corrobora que a relação sexual foi consentida”, destacou a advogada, que pediu a absolvição.


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