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Abel Ferreira ressalta importância do vestiário e critica boatos maldosos

Na partida de ontem entre Palmeiras e Sport, a conversa de vestiário de Abel com seus jogadores parece ter sido um fator chave para a mudança de comportamento do time na segunda etapa, o que permitiu que o time conseguisse buscar a virada com o Leão, e com ela voltasse à segunda colocação do campeonato.

E Abel Ferreira fez questão de afirmar isso em entrevista. Ele não só ressaltou que a conversa foi produtiva, mas também disse que ele faz questão que eles conversem, sem grito, sem escândalo, apenas pessoas conversando de frente um para o outro.

O treinador ainda aproveitou para criticar um pouco a imprensa sobre alguns boatos de que ele teria em algum momento perdido o vestiário. Esses boatos ficaram fortes frente a alguns tropeços que o time deu, principalmente antes da vitória triunfal de Abel contra o Atlético Mineiro na Libertadores.

As notícias sempre circulavam entre o treinador não ter uma boa relação com alguns jogadores importantes do time, graças a seu jeito explosivo que vemos ele tendo na beira do campo.

A isso o treinador disse que, caso algo do tipo acontecesse, ele seria o primeiro a pedir para sair do clube, por entender que o sucesso da equipe depende diretamente da conversa.

Lembrando que apesar de Abel ser muito falador e constantemente se desentender com árbitros na beira do campo, nunca houveram reclamações de jogadores quanto a seu comportamento dentro do vestiário, passando longe de ser um treinador duro com seu s jogadores, optando sempre pela calma, algo que ficou evidente na partida já citada contra o Atlético Mineiro na Libertadores.

Abaixo a fala completa do português:

– Aqueles que dizem: “Professor perdeu o balneário, professor perdeu não sei o que”. Sabe, quem treina com eles todos os dias, quem está com eles todos os dias, quem sofre com eles… Eu não grito com meus jogadores, não sou de grito. Gosto de falar com homens. Se eu sentir que perdi o grupo, sou o primeiro a ir embora. Se fiquei aqui é porque há trabalho para fazer, porque eles acreditam o que o treinador diz. No intervalo eu passei tranquilidade e deixamos a equipe ainda mais agressiva com o Scarpa, que fez mais um jogo fantástico saindo do banco. E isso que queremos, alguém que sirva, que é o seu ponto forte. Mantivemos a equipe com a largura que tinha que ser dada, os movimentos interiores que tinham que ser feitos, chegadas para finalizar. Como eu disse, a equipe manteve a ordem e disciplina. Mas as palavras foram de calma, tranquilidade. Já falamos sobre força mental, e nisso eles têm sido perfeitos. Quando o treinador crítica um jogador é como um pai para um filho. E eu já fiz, no sentido construtivo, não quer dizer que eu perdi o vestiário. Para aqueles que vivem para falar mal dos outros…. Porque há dois tipos de jornalismo esportivo. Podem me criticar como treinador, mas quando passa para a ofensa, mostra o caráter da pessoa que diz isso.


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