Desejo por justiça: 27 presidentes de federações estaduais exigem a saída de Caboclo da CBF
Em um ato que pode ser considerado tanto histórico quanto também necessário, os 27 presidentes das federações estaduais enviaram uma carta aberta a Rogério Caboclo nesta quarta-feira 25/08. Caboclo é o presidente da CBF que foi afastado por problemas sérios com a justiça do qual vamos comentar. O pedido é para que ele renuncie a seu cargo de presidente.
Recentemente a Comissão de Ética da CBF sugeriu uma punição de 15 meses de suspensão da entidade, uma pena considerada por todos extremamente leve e que não agradou nenhum pouco as federações estaduais, uma vez que essa decisão iria permitir que Caboclo voltasse à cadeira de presidente depois de cumprir a pena. O documento foi entregue a ele um dia depois dessa decisão.
Precisaram apenas duas horas depois de receber a carta para que Rogério Caboclo se pronunciasse sobre a carta. Ele o fez através de uma nota oficial na qual ele descarta a ideia de renunciar.
A carta enviada para Caboclo destacava bastante o texto do Código de Ética e Conduta do Futebol Brasileiro, frisando que tudo o que engloba o futebol deve se comprometer com repudio ao ódio, ao racismo, xenofobia e todo e qualquer tipo de discriminação que envolva o social, o político, o sexual, o religioso e também o socioeconômico.
O que chocou a todos que acompanham o caso, é que a Comissão de Ética decidiu por desqualificar as denúncias de assédio sexual e moral. A punição aconselhada era por um suposto “comportamento inapropriado”.
A decisão da Comissão de Ética ainda precisa ser ratificada pela Assembléia Geral da CBF, que é composta justamente pelas 27 federações que mandaram o documento para Caboclo.
Infelizmente, se os 27 presidentes assinaram a carta pedindo a renúncia, pode significar que a Assembleia Geral irá concordar com a decisão da Comissão de Ética, porém, ainda existe a expectativa de que Caboclo tenha outras acusações julgadas pela Comissão, o que somando suas punições, pode gerar consequências mais longas e severas ao dirigente.
As acusações são sérias, e ao todo 3 mulheres afirmam terem sido vítimas de assédio por Rogério Caboclo. Os casos vieram a publico no dia 4 de junho, quando uma funcionária acusou ele de assédio sexual e tambám moral.
Já o segundo caso veio a público no dia 9 deste mês, e também uma ex-funcionária que deu depoimento ao Ministério Público afirmando que sofreu assédio. O terceiro caso, que veio a público no dia 20 deste mês, além do assédio, também disse ter havido agressões.
Caboclo afirma ser vítima de um complô liderado por Marco Polo Del Nero, um ex-aliado político com quem já não tem contato, desde que as acusações vieram a público, e nega todas as acusações contra si.
O resultado atual é apenas das primeiras denúncias recebidas, e sendo assim ainda existem muitas outras questões a serem discutidas, como o constrangimento que ele teria causado em viagens e reuniões, alguns até que foram presenciados por diretores da CBF.
Só podemos aguardar pelos próximos capítulos e torcer para que eles envolvam a justiça sendo feita.